19 outubro 2011

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03 outubro 2011

Curiosidade: Terremoto no Brasil?


Terremoto mata criança e fere seis em Minas

Publicado em 10 de dezembro de 2007 

O terremoto começou à 0h05, durou cerca de 15 segundos e atingiu 4,9 pontos na escala Richter, causando estragos
Belo Horizonte. Uma menina de cinco anos se tornou hoje a primeira vítima fatal de um terremoto no Brasil. O tremor, que aconteceu no vilarejo rural de Caraíbas, na cidade de Itacarambi (662 km ao norte de Belo Horizonte), em MG, deixou outras seis pessoas feridas - duas em estado grave, segundo o governo de Minas Gerais.

De acordo com o Observatório Sismológico da UNB (Universidade de Brasília), o terremoto começou à 0h05, durou cerca de 15 segundos e atingiu 4,9 pontos na escala Richter.

Todas as construções da comunidade tiveram algum tipo de avaria, sendo que seis casas ficaram totalmente destruídas e 69 foram danificadas e foram evacuadas.

A menina Jesiane Oliveira da Silva dormia numa cama com sua irmã gêmea quando o terremoto aconteceu. A parede do quarto onde elas estavam desabou sobre a cama. Jesiane morreu na hora. A irmã e um outro irmão dela que também estavam no quarto ficaram com diversos ferimentos.

Segundo o prefeito da localidade, José Ferreira de Paula (DEM), o cenário na comunidade de Caraíbas, formada por pequenos produtores rurais, era de ´tristeza e desespero´´.

´Nenhuma das 75 casas da comunidade ficou inteira. Naquelas que não ficaram destruídas, pelo menos o telhado ou uma parede desabou. As pessoas estavam chorando, havia um descontrole total. ´´, disse .

Ele informou que nove caminhões foram enviados para Caraíbas para retirar os cerca de 400 moradores.

De acordo com o geólogo Cristiano Chimpliganond, da UNB, o tremor deve estar relacionado à movimentação de uma falha geológica -espécie de rachadura na placa tectônica- localizada justamente sob a comunidade de Caraíbas. Esta rachadura teria entre 2 Km e 3 Km de extensão e ficaria a cerca de 5 km de profundidade.

Em outubro, o Observatório Sismológico instalou no local seis sismógrafos com o objetivo de estudar o fenômeno. Desde então, pelo menos 20 tremores foram registrados pelos aparelhos, com intensidade média de 2 pontos na escala Richter. Os moradores sentiram 15 deles. O abalo está entre os 15 maiores tremores brasileiro. O maior tremor já registrado no Brasil, de acordo com Barros, foi de 6,2 pontos na escala Richter em 1955, no norte do Mato Grosso.

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Curiosidade: Águas vulcânicas em Caldas Novas?


Caldas Novas: água quente em perigo
Escrito por Cláudio Vicente e Nayra Thyemi   


Crescimento da cidade põe em risco maior riqueza natural

Será possível conciliar crescimento do potencial turístico e manutenção dos aqüíferos quentes? Com 1 milhão de turistas por ano, Caldas Novas (GO) está no limite da exploração de sua maior riqueza: as águas termais. Caldas tem 62 mil habitantes, 151 poços explorados por 62 mineradoras, e cresce cerca de 7% ao ano com a construção de novos bairros, condomínios verticais, clubes e flats.
Esta questão se agravou em 1996, quando a intensa exploração resultou na grande crise da água termal na cidade. Poços e até nascentes naturais secaram. Naquela época, qualquer pessoa podia extrair água do subsolo. Até a água canalizada era quente. Isso quase levou ao colapso: as reservas desceram ao menor nível. “A água quente vai acabar”, anunciavam os jornais. O turismo baixou e os investidores desapareceram.
Um aqüífero é um grande reservatório subterrâneo de água renovável, porém limitada. Há dois aqüíferos bem abaixo de Caldas: Araxá e Paranoá. A exploração excessiva pode provocar uma queda do nível da água. Com essa diminuição, há um processo de reacomodação do subsolo, o que pode causar desde tremores de terra até o rebaixamento da cidade, o que aconteceu na cidade do México e em Tóquio.
Quando houve a grande crise da década de 1990, muitas questões tiveram que ser respondidas. Precisava-se saber mais sobre a capacidade dos reservatórios e como ocorria o aquecimento. Na falta das respostas, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) proibiu a perfuração de novos poços e instalou hidrômetros para controlar a exploração. Até os dias de hoje o controle da água quente se dá por cotas.

Injeção de água fria

 
Um vulcão debaixo da terra? Que nada. Apesar da temperatura elevada em Caldas, pesquisas recentes descartam a relação da água quente com vulcanismo. Ela é aquecida em fendas de rochas impermeáveis no subsolo, que formam dois reservatórios. Em cada um a água chega a temperaturas diferentes, sendo que o mais próximo da superfície, o Araxá, tem em média 37 graus, enquanto o mais profundo, Paranoá, chega a 59 graus.
Uma pesquisa sobre a origem, utilização, operação e manutenção dos aqüíferos está no momento sendo custeada pela Associação das Empresas Mineradoras de Águas Termais de Goiás (Amat), organização que reúne os empresários donos de poços. A idéia dos estudiosos é de provocar arrepios: injetar água fria nos aqüíferos termais para garantir o banho quente dos turistas.
O geólogo Fábio Haesbaert, atual presidente da Amat, juntamente com pesquisadores da Universidade de Brasília e da Universidade Técnica de Berlim foram os idealizadores da pesquisa de quase R$ 2 milhões. Desde 2007, os pesquisadores vêm coletando informações sobre clima, temperatura e vazão da água termal. “Os dados viabilizam um modelo geológico-matemático para gerenciar os aqüíferos”, aponta Fábio.
Os estudos mostram que os aqüíferos são abastecidos por águas de chuva captadas principalmente na Serra de Caldas. O local onde está assentada a cidade é também um importante ponto de captação, principalmente do aqüífero Araxá. Mas “a cidade cresceu muito, está toda impermeabilizada”, afirma Fábio. “O asfalto e as construções acabam com a vegetação. Deixa de existir aquela infiltração que sempre existiu.”
Hoje o nível dos aqüíferos é considerado bom. Em setembro, foi de 642,12 metros de profundidade para o Araxá e 672,30 metros para o Paranoá. Em julho deste ano, com a alta temporada e a falta de chuvas, o nível baixou quatro metros, ainda bem longe dos quase 27 metros a que chegou em janeiro de 1996, o menor nível histórico e que levou à reação dos moradores, turistas e autoridades.

Rentável monopólio
Neste ano, o projeto da Amat foi escolhido como um dos cinco finalistas, dentre 273 inscritos no Prêmio Ana, da Agência Nacional de Águas. Em setembro, a Ana enviou o chefe de gabinete Horácio Figueiredo para conhecer de perto o projeto. “Estar entre os cinco já é uma honra”, afirmou ele. O projeto é importante para trazer uma maior visibilidade à questão da água termal.
Segundo o geólogo Haesbaert, a água quente não vai esfriar nem acabar, porém, é preciso monitoramento e controle da perfuração e da exploração dos poços, bem como uma pesquisa constante sobre o comportamento dos aqüíferos. O geólogo afirma que, na verdade, o aqüífero Araxá está esquentando, como conseqüência da mistura com as águas do Paranoá. Apesar disso, a concepção de alguns banhistas é de que a água estaria esfriando.
Uma possível explicação para essa percepção dos banhistas pode ser a mistura de água quente com água fria que alguns clubes e mineradoras fazem. Às vezes o empresário fornecedor vende a água já misturada, outras vezes, o próprio flat/clube faz a mistura, alegando que a água viria muito quente para o consumo, como afirma o síndico de um flat, Samuel Florindo.
A água quente pode não estar esfriando mas, para que os aqüíferos não baixem os níveis além de um limite sustentável, há um rígido controle do DNPM, que não concedeu mais nenhuma autorização paraperfuração de novos poços desde 1996. Atualmente os mais de 150 poços são patrimônio de apenas 62 mineradoras. Elas abastecem todos os empreendimentos termais da cidade.
Para Florindo, a proibição da perfuração de novos poços é um meio de grandes grupos manterem um “monopólio das águas”, segundo ele “um negócio muito rentável”. Somente em seu condomínio, o Eldorado Flat Service, há um gasto de R$ 12,5 mil por mês com a compra de 5 mil metros cúbicos de água. Um dono de poço precisa apenas abrir e fechar as torneiras.
A exploração de poços é um mercado milionário de venda de recursos minerais. Um poço hoje custa em torno de R$ 1 milhão. A vazão média do Araxá é de 500 litros por segundo, enquanto do Paranoá é de mil litros por segundo. Cada dono de poço tem uma cota. Ele comercializa a água excedente, não só sob a forma quente, como misturando com água fria, o que multiplica os lucros.
O DNPM escolheu um método de controle baseado na proibição da abertura de novos poços, o que restringe a exploração a poucos, e estabelece uma possibilidade de exploração da água muito maior do que cada um dos empresários necessita. Do ponto de vista político e econômico, pode-se questionar se os interesses dos grandes grupos não estariam definindo os parâmetros de exploração da riqueza mineral da cidade.

Fonte:
http://www.fac.unb.br/revista20082/index.php?option=com_content&view=article&id=39:claudio-vicente-e-nayra-thyemi&catid=1:aguas&Itemid=2